Encontros felizes
06:30
Receber um diagnóstico é como sentir o peso do arremesso de
uma pedra a cair seco no estômago. Não obstante, a vida cumpre-se todos os
dias. Cabe-nos a nós decidir como cumpri-lo. Uma doença incurável – qualquer
doença – não é uma brincadeira, mas não deverá definir a vida de ninguém.
É importante aprender a integrar a nova
realidade com normalidade. Gerir sentimentos e expectativas e ensinar uma
criança fazê-lo. A primeira preocupação,
naquela altura - como é sempre - era com a felicidade do Diogo. Não deixar que
a doença lhe roubasse a alegria do olhar. Não é por se ter uma doença que se
desiste dos sonhos e se cruza os braços. E esse é um princípio que me
parece importante e que queria que ele aprendesse desde o início.
Decidimos preencher a vida dele com muitas
experiências para que vivesse, para que tivesse uma vida cheia, já que nem
sabíamos muito bem do que se tratava. Uma vida cheia devem todos ter.
Um dia, acabei por contactar a
Make-A-Wish, Portugal – uma fundação que realiza desejos a crianças com doenças
graves e/crónicas – e foi uma experiência incrível que recomendo vivamente que
tenham.
Os resultados em si foram além do momento.
Propulsionou um sentimento de confiança que se propagou durante muito tempo e
originou outros episódios incríveis com reflexo relevante na vida do Diogo. As
consequências foram imensas, mas todas positivas. Com esta experiência a
entrada no mundo da diferença, e tudo o que ela comporta, tornou-se mais suave
e na equipa na Make-A-Wish encontrámos amigas/os que o são até hoje.
Deixo-vos o testemunho sobre esse momento
que dei para a Sapo:
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